Você descobriu um cisto no ovário e já ficou assustada, pensando em mil possibilidades ruins? Calma. A maioria dos cistos é benigna, comum e não exige cirurgia. Mas sim, alguns casos merecem atenção especial. Saber diferenciar e buscar acompanhamento médico é o primeiro passo para a tranquilidade — e, se necessário, para o tratamento correto.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta:
- O que são os cistos no ovário
- Quando eles são inofensivos
- Quais sinais indicam perigo
- Como é feito o diagnóstico
- E quais são os melhores tratamentos
O Que é um Cisto no Ovário?
Todo mês, o corpo da mulher produz folículos ovarianos, que são pequenas bolsas cheias de líquido. Esses folículos amadurecem e liberam o óvulo durante a ovulação. Quando isso acontece normalmente, nem percebemos. Mas, às vezes, esse folículo não se rompe ou não é reabsorvido como deveria — e então ele se transforma em um cisto funcional.
Cisto funcional é normal?
Sim! É um tipo de cisto comum e benigno. Na maioria dos casos:
- Ele desaparece sozinho
- Não causa dor
- Não interfere na fertilidade
Mas existem outros tipos que podem incomodar — e alguns, sim, exigem cuidado.
Quando o Cisto no Ovário é Perigoso?
Segundo os especialistas Dr. Eduardo Godói e Dra. Ana Raquel, o que determina o grau de preocupação não é apenas o tamanho do cisto, mas principalmente suas características.
Cistos que merecem atenção:
- Cistos grandes (geralmente acima de 5 cm)
- Cistos com conteúdo sólido ou septações internas
- Cistos hemorrágicos que causam dor intensa
- Cistos que provocam torção do ovário
- Cistos que persistem por muitos meses
Esses casos exigem acompanhamento mais rigoroso e, muitas vezes, exames complementares.
“Cisto com projeção sólida dentro, por exemplo, pode levantar suspeita para câncer de ovário. Por isso, o acompanhamento médico e os exames corretos são essenciais.” — Dr. Eduardo Godói
Sintomas de Cisto no Ovário
Nem sempre o cisto provoca sintomas. Mas quando causa, os mais comuns são:
- Dor pélvica ou abdominal
- Inchaço no abdômen
- Alterações menstruais
- Dor durante a relação
- Sensação de peso na pelve
Se algum desses sinais surgir, não ignore. Marque consulta com seu ginecologista.
Como é Feito o Diagnóstico?
A primeira etapa é uma consulta ginecológica de rotina, com exame clínico e histórico da paciente. A seguir, os médicos geralmente solicitam:
- Ultrassom transvaginal (ou abdominal, em pacientes virgens)
- Ressonância magnética, se houver dúvida
- Marcadores tumorais (exames de sangue como o CA-125), em casos específicos
“A mulher que faz seus exames periodicamente já está se prevenindo, mesmo sem saber. A rotina ginecológica é uma ferramenta poderosa de prevenção”, afirma a Dra. Ana Raquel.
E o Tratamento, Como Funciona?

A maioria dos cistos ovarianos não precisa de cirurgia. Eles costumam desaparecer com o tempo ou com o uso de anticoncepcionais hormonais, que regulam a função dos ovários.
Mas e quando precisa operar?
Casos que indicam cirurgia:
- Cistos que crescem continuamente
- Persistência por mais de 3 ciclos menstruais
- Dor intensa e contínua
- Risco de torção ou ruptura
- Suspeita de malignidade
Qual o tipo de cirurgia?
Sempre que possível, os médicos optam pela videolaparoscopia, um procedimento minimamente invasivo:
- Pequenos cortes
- Menor tempo de internação
- Recuperação mais rápida
- Menos dor no pós-operatório
Cisto no Ovário Tem Cura?
✅ Sim, tem cura.
E o melhor: na maioria das vezes, sem cirurgia.
O importante é:
- Fazer o acompanhamento regular com seu ginecologista
- Realizar os exames recomendados
- Não postergar sinais de alerta
Informação e Prevenção Salvam Vidas
A verdade é simples: cisto no ovário não é sinônimo de câncer. Mas a única forma segura de saber é com avaliação médica. Com os exames certos e acompanhamento adequado, a maioria dos casos é resolvida com tranquilidade.
Então, se você recebeu esse diagnóstico ou está com sintomas estranhos, respire fundo, marque sua consulta e confie na medicina. Não deixe o medo calar sua saúde.
Dica Final
- Está há mais de um ano sem ir ao ginecologista?
- Nunca fez ultrassom transvaginal?
- Já teve casos de câncer na família?
Então, a hora é agora. Cuide-se. Prevenir é o melhor caminho